A gravidez é um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher. Por isso, o cuidado sobre quais atividades são indicadas nesse período é constante. Dentre as opções, a corrida sempre gerou dúvidas e polêmicas. Afinal, o que existe de mito e o que é verdade na prática de corrida para gestantes? É o que vamos explicar a partir de agora.
Ter um filho é um momento mágico e por vezes planejado durante muito tempo. Algumas mulheres enxergam na maternidade a realização de um sonho de uma vida. Não à toa, a busca pela melhor alimentação, exercícios e rotina a ser implantada é frequente ao longo desses 9 meses.
Nesse cenário, salvo algumas exceções, a recomendação para fazer atividade física está na lista de todo obstetra.
Mas será que a corrida para gestantes é recomendada e faz parte dessas opções? Para ajudar a esclarecer essa grande polêmica, separamos os principais mitos e verdades sobre o tema.
A corrida para gestantes é indicada em todos os casos – MITO
Cada corpo feminino reage de uma forma à gravidez, dependendo do histórico, idade, biotipo…
Portanto, é um mito imaginar que toda gestante pode (e deve) correr. Uma análise individual, liberação médica, bem como a sugestão das melhores atividades, deve ser seguida e respeitada. Em casos de uma gravidez de risco, por exemplo, é possível que nenhuma atividade física seja sugerida, não apenas a corrida.
Por isso, é importante ter em mente que cada caso deve ser tratado de forma específica. A liberação ou proibição irá depender das avaliações prévias do obstetra e reações ao longo da gestação.
As primeiras 12 semanas exigem maior atenção – VERDADE
Os primeiros três meses de gravidez são cruciais e exigem um cuidado redobrado, já que é o momento de transformação do embrião em feto, dando realmente forma ao futuro bebê.
Caso a gravidez esteja transcorrendo normalmente, a sugestão é a manutenção das atividades físicas atuais, mas com a redução de tempo e intensidade. Também é muito comum nesse período de 12 semanas que uma corredora troque a prática por uma caminhada, no intuito de reduzir impactos.
Gestantes não podem correr – MITO
A corrida é uma atividade de impacto. Essa é uma informação conhecida por todos. Porém, isso não significa que a prática seja contra-indicada em todos os casos para gestantes.
O primeiro ponto a ser abordado é: vale a pena COMEÇAR a correr durante a gravidez?
Nesse caso, a resposta é NÃO. Como o corpo da gestante não está adaptada aos estímulos desse exercício, e sua prática leva ao aumento do batimento cardíaco e uma sobrecarga de 1.5 a 3 x o peso corporal no toque do pé no solo, ela não seria recomendável.
Nesse caso, atividades de menor intensidade aeróbica – como a caminhada – se encaixam melhor.
Mas e se a gestante já tem o treinamento de corrida dentro da rotina?
Se houver liberação médica, a prática não é proibida e pode ser mantida normalmente. A única recomendação é que haja orientação especializada, onde o treinador de corrida ajustará de forma adequada o tempo de treino e intensidade.
A corredora “perde” o fôlego com o avanço da gravidez – VERDADE
Como citamos anteriormente, a forma como a gestante responde a gravidez é muito particular: algumas enjoam logo nas primeiras semanas, outras sentem muito sono ou ficam bem cansadas. A verdade é que, em maior ou menor grau, todas sentirão parte desses sintomas em algum momento.
Pegue isso e some ao ganho de peso, a mudança na postura – que muitas vezes causam dores – e a perda de rendimento nos treinos é inevitável.
Além disso, com o aumento do útero, o diafragma perde espaço para se expandir, reduzindo a capacidade da corredora de captar mais oxigênio.
Portanto, quando falamos de corrida na gestação, é importante ter em mente que o foco deve ser apenas a manutenção da atividade, sem pensar em rendimento e evitando exageros.
Afinal, a corrida para gestantes é…
Super indicado, desde que você a gestante tenha liberação médica, já seja uma adepta da prática e faça corridas curtas e leves, evitando treinos intervalados, subidas e descidas e rodagens longas.
Além disso, também sugerimos que, ao entrar no oitavo mês, suspenda a corrida. Isso porque, além da barriga mudar a postura na corrida de forma acentuada e levar a dores na lombar, ela oculta a visão dos pés, aumentando a chance de tropeços.
Atividades como caminhada, alongamento e exercícios de fortalecimento – como Pilates, Musculação/ Funcional ou Natação – garantiram um ambiente mais seguro para manter a saúde e a forma. Isso será essencial não apenas para o parto (principalmente os naturais) bem como na recuperação após o nascimento do bebê.
Viu como a corrida para gestantes pode ser praticada de forma segura e serve como uma opção para ajudar na gestação? E você, já é mãe e corria durante a gravidez? Compartilhe sua experiência!