Correr está no seu sangue, mas por diversos motivos você teve que ficar parado por um tempo. Porém, chegou a hora de voltar às pistas. Descubra como preparar seu retorno aos treinos de corrida com o mínimo de riscos.
Tudo muda com o tempo. Pode ser ser no trabalho, família e na forma como se exercita. Muitos trocam de modalidade, outros simplesmente deixam de treinar. E quando falamos do universo da corrida, encontrar “corredores de corpo e alma” que tiveram que parar de correr por algum motivo, mas não perdem do radar o projeto de retorno, é muito grande.
Voltar a correr após um grande período parado é um enorme desafio: encontrar um horário na rotina, colocar o corpo para se exercitar novamente, lidar com os efeitos claros do sedentarismo, dentre outros.
Além disso, a corrida tem pontos específicos que exigem uma atenção redobrada na retomada frente às outras, principalmente pela característica da atividade. Por isso, nessa matéria vamos falar de 5 passos que todo corredor deve dar para ter sucesso em seu retorno aos treinos de corrida.
1. Fazer uma avaliação física
Antes de colocar o tênis de corrida e já sonhar com os primeiros treinos no parque, avaliar é preciso. Somente dessa forma, comprovaremos se o corredor está apto a retornar para a modalidade.
Por ser uma atividade aeróbica, a principal avaliação para um retorno aos treinos de corrida é o teste ergométrico ou ergoespirométrico. Também é muito importante que se faça de preferência correndo, pois diversos testes de esforço como esse usam a bicicleta para aplicação.
2. Procure orientação especializada
Sem dúvida é o primeiro passo para quem deseja levar a sério o retorno às pistas. Você pode ingressar numa equipe de corrida, ter um personal trainer ou receber orientação via assessoria esportiva online. Não importa. Ter alguém para guiar esse caminho, e alinhar o passo a passo mais indicado para cada perfil, fará toda diferença.
A dica é procurar opções que atendam seu horário, tempo disponível e perfil. Pesquisar de forma minuciosa diminui a chance de erros ou surpresas, evitando trocas constantes e atraso na evolução do corredor.
Pedir indicações também é uma ótima alternativa. Afinal, nada como ter alguém conhecido para dar confiança na hora de contratar uma equipe – ou treinador – que caminhará lado a lado nessa retomada.
3. Retorno aos treinos de corrida e reeducação alimentar andam juntos
Não tem como separar a alimentação do treinamento físico quando falamos da busca de melhores resultados. Infelizmente, é muito comum que a preocupação com um cardápio adequado fique em segundo plano, e o foco na perda de peso e recuperação física se volte apenas para a evolução do treino.
Portanto, para garantir um retorno mais acelerado aos melhores dias, dê atenção aos treinos e à alimentação na mesma proporção.
4. Reduzir às expectativas de alto desempenho
Mesmo tendo sido um excelente corredor no passado, todo corpo precisa de tempo para se readaptar à atividade física, e geralmente são nesses momentos em que ocorrem grandes erros, que não apenas podem frustrar essa volta, bem como gerar lesões.
O retorno aos treinos de corrida, como já citado anteriormente, deve ser tratado como um passo a passo. Corredores com melhor biotipo ( mais magros, com estrutura mais leve e longilíneos ) e histórico mais extenso, não apenas na modalidade, mas na prática de exercícios em geral, voltarão mais rápido ao melhor rendimento. É um fato.
Porém, na ânsia de resultados rápidos, muitos queimam etapas, seja exagerando no volume/intensidade de treinos, na quantidade de dias de treino ou mesmo dormindo muito pouco. Por isso, o corredor deve reduzir às expectativas no retorno aos treinos de corrida, dando tempo para seu corpo sentir e suportar novamente o impacto da corrida, a exigência dos músculos e a necessidade do descanso.
Um retorno gradual, com uma rotina que alterne corrida dia sim, dia não, num ritmo que permita um desgaste moderado ao corredor, promove uma readaptação muito mais adequada e com menos riscos.
5. Sessões curtas no retorno aos treinos de corrida
Existe quase um consenso entre pesquisadores e treinadores na afirmação que o volume de treino acumulado impacta mais do que a intensidade quando falamos de riscos de lesão. Isso porque, diferente do futebol, tênis ou outras modalidades, a corrida é ciclica. Ou seja, seu movimento é unico, gerado num ciclo de etapas ( saída do solo, impulso, fase área, aterrissagem) que vai se repetindo ao longo de todo treino.
Atividades físicas cíclicas acabam exigindo os músculos e articulações sempre da mesma forma. Dessa forma, caso o corpo não esteja equilibrado em termos de força, mobilidade e estabilidade, alguma região será comprometida. É como um carro sem alinhamento: Até o problema aparecer, leva um tempo, mas um dos lados está sendo sobrecarregado e, quando menos se esperar, o problema saltará aos olhos.
Começar com treinos mais curtos, variando na intensidade e desafio, além de ser mais dinâmico, reduz as chances de regiões que ainda não estão prontas para suportar a corrida mais longa ficarem sobrecarregadas.
Viu como o retorno aos treinos de corrida não é apenas calçar o tênis e ir para o asfalto? Uma série de questões devem ser levadas em consideração. Continue acompanhando nosso blog e compartilhe com os amigos corredores.