Na busca por uma condição ideal de correr sem dor, as palmilhas para corrida vem ganhando espaço entre corredores. Mas será que elas podem, de fato, garantir esse efeito? Ou existe chance delas serem as “vilãs” dessa história? Comece a entender mais sobre esse tema a partir de agora
Dificilmente, você conhecerá um corredor que não tem medo de se machucar. Essa preocupação é justificada, já que fatores como peso corporal, falta de técnicas de corridas e volume de treinos impactam nessa condição.
Da mesma forma, é cada vez mais comum buscar soluções específicas para problemas que podem ter uma origem mais global. Um exemplo: pessoas que começam a tomar suplementos alimentares antes de ajustar sua alimentação através de vias naturais.
E na busca por prevenir (ou tratar) as lesões que têm origem na corrida, é cada vez maior o número de pessoas que estão recorrendo a palmilhas esportivas.
Mas será que uma palmilha pode garantir todos esses “efeitos mágicos”? Vale a pena o corredor apostar nessa alternativa? E em quais situações?
As explicações para o uso das palmilhas para corrida
Antes de falarmos se as palmilhas para corrida ajudam ou atrapalham, é necessário entender em quais pontos ela promete atuar.
Em linhas gerais, ideia central central é mudar a forma como o pé toca o solo, distribuindo melhor o impacto e reduzindo a chance de lesões.
Fabricadas com um material específico, elas também prometem dar sustentação para uma posição adequada do pé dentro do tênis. E no último caso, elas visam proporcionar conforto, para que o corredor possam pisar de forma mais leve e natural.
Todas essas três ações têm como objetivo buscar o equilíbrio do corpo. Isso é fundamental pois, durante a corrida, todas as regiões do corpo trabalham em conjunto. Portanto, o foco deve ser o mesmo estímulo para o lado esquerdo e direito, parte anterior e posterior do músculo, região superior e inferior do corpo.
Quando nosso corpo trabalha em harmonia, ativando os músculos de forma adequada, o impacto na corrida e risco de lesões diminui consideravelmente.
Então, as palmilhas na corrida ajudam?
Apenas em alguns casos.
Explicando melhor: o uso de uma palmilha mudará a forma como o corredor toca no solo, e por mais tecnológica que ela seja, não irá garantir uma redução significativa do impacto, assim como o próprio tênis de corrida.
As palmilhas podem (e devem, em muitos casos) ser usadas para corredores com:
- Problemas de circulação: o formato adequado evitará que o sangue fique parado em certas regiões do pé, evitando inchaço ou casos mais graves;
- Pé diabético: pelos mesmos fatores já citados acima. A diabetes é uma doença que compromete severamente a circulação sanguínea. Em função da gravidade, em geral o pé é a região mais comprometida. Por isso, garantir essa distribuição e o retorno do sangue para cima é essencial;
- Problemas ortopédicos graves: pronação excessiva do pé, diferenças congênitas ou decorrentes de acidentes são algumas das causas onde se justifica as palmilhas para corrida, já que trabalhar para mudar a técnica e distribuir a carga de forma mais equilibrada pode não ser suficiente.
Quais alternativas são mais indicadas?
Soluções que vão mudar sua forma de correr sempre serão mais recomendadas. O processo muitas vezes é árduo, mas garante ao corpo a independência de acessórios que ajudam apenas por um tempo, ou podem até atrapalhar em determinados casos.
Investir em mudanças na postura da corrida, exercícios de alongamento e mobilidade e exercícios específicos para a região do pé são alternativas que devem ser trabalhadas antes de uso de acessório.
Além disso, se após um diagnóstico médico a palmilha for recomendada, ela deve ser sob medida. Afinal, seu pé tem um formato e necessidade única.
Exames como a baropodometria podem ajudar muito a encontrar os maiores pontos de pressão e, consequentemente, a confecção de uma opção adequada.
Gostou da matéria? Acha que as palmilhas para corrida são adequadas para você? Comente aqui, e veja outras matérias sobre lesões no esporte e como se prevenir durante seus treinos.